No Pará, a cada dez trabalhadores, seis estão sem carteira assinada. É a maior taxa de informalidade entre os estados brasileiros, superando a taxa nacional de 40,6% e da região Norte de 56,4%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa do Pará é de 60,5% no segundo trimestre deste ano.
O vendedor Juan Carlos Artigas é venezuelano e vende suco de frutas pelo centro comercial de Belém. Ele conta que deseja formalizar o trabalho, abrir a própria empresa, mas a situação financeira dele ainda não é favorável.
"Cheguei com um triciclo, depois eu mandei fazer um carrinho e aí comecei. Gostaria de me legalizar, pagar meus impostos e ficar mais legal para não estar mais na rua, porque na rua é assim, sol quente, chuva", relata.
Para a coordenadora do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), Ângela Gemaque, a informalidade tem vários aspectos negativos, desde a baixa remuneração à baixa produtividade.
"Fato é que essa população é mais suscetível em momentos de recessão, como na pandemia, em que os informais foram os primeiros a perderem o trabalho com a restrição das atividades comerciais para conter a Covid-19", explica.
Fonte: G1 PA