Inadimplentes no Amapá volta a subir e chega a 257,2 mil; dívidas superam R$ 1 bilhão
Crediário de um eletrodoméstico, a fatura do cartão de crédito, empréstimos bancários, as contas de consumo, entre outras dívidas, têm preocupado a cabeça de quem precisa honrar os compromissos financeiros. Em tempos onde o salário acaba cada vez mais rápido e o mês continua, o Amapá viu subir o número de inadimplentes, que somam 257.267 devedores - cerca de 43% da população adulta.
Os dados são da Serasa Experian, solicitados pelo g1. Os números mais recentes são até agosto e mostram alta na comparação com julho no total de inadimplentes.
Apesar do crescimento - cerca de 1,2% - o panorama do 2º semestre é menor se comparado ao pico da pandemia de Covid-19, quando em maio de 2020, o Amapá chegou a 280 mil endividados.
Desde março, as dívidas da população adulta amapaense superam R$ 1 bilhão, com cada inadimplente devendo em média R$ 3.965.
Os setores que apresentaram maior crescimento no acumulado de dívidas são os de utilities (água, luz e gás), bancos e cartões e financeiras.
O Serasa destaca que a realidade da inadimplência atinge todo o país e que o brasileiro "vive no limite das suas finanças". Questões como baixa renda, desemprego, alta nos preços e falta de educação financeira colaboram para os números.
O Amapá nos últimos anos apresenta taxa de desemprego maior que a média nacional, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado mais recente, referente ao 2º trimestre de 2021, apontava 16,4% de desocupados: cerca de 63 mil pessoas em condições de trabalhar fora do mercado.
A falta de emprego se agravou na pandemia e nos últimos meses a redução no Auxílio Emergencial impactou no orçamento das famílias no Amapá. Na primeira fase do programa federal, onde o valor da parcela era de R$ 600, quase 70% dos domicílios amapaenses tinham ao menos um morador beneficiado.
Como regularizar
Como forma de regularizar a situação, a Serasa recomenda aos inadimplentes, além de priorizar as dívidas (aquelas com taxas mais altas devem ser pagas primeiro), ficar de olho em oportunidades que empresas oferecem para renegociar dívidas e fazer acordos que facilitem este processo.
O órgão comunicou que oferece diversas campanhas para auxiliar essas pessoas que estão em busca de novas formas de renegociarem suas dívidas e saírem da inadimplência por meio do Serasa Limpa Nome.
Fonte: G1 AP