Prévia do PIB do mês de outubro aponta recuo de 0,05 % na atividade
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) exibiu recuo de 0,05% na atividade produtiva em outubro. O indicador é uma espécide de prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e foi divulgado nesta quarta-feira (14.dez).
A expectativa dos economistas era por uma evolução positiva em torno dos 0,50%. O resultado consolidado, no entanto, leva à constatação de que a atividade econômica apresenta tendência de estagnação no período em questão.
A julgar pelo início do quarto trimestre do ano, os técnicos do BC apontam os efeitos ainda por se fazerem sentir das altas de juros para conter o custo de vida como indutores da desaceleração.
Prévia da prévia
O número equivalente no mês de setembro acabou por ser revisto pelo BC: de uma alta na atividade de 0,05%, a cifra piorou. Foi alocada como estagnação. Já na versão de agosto/22, o índice caiu 1,13%.
Se considerado o indicador de um ano atrás, o IBC-BR avançou 3,68%. E no cálculo acumulado para 12 meses, houve alta de 3,13%.
Setores
O setor de Serviços manteve série de cinco meses de alta até ser interrompida agora em outubro, quando a área específica teve queda de 0,6%. Já a produção da Indústria aumentou 0,3% no mês, sem conseguir, no entanto, compensar dois meses imediatamente anteriores de resultado no vermelho.
As políticas voltadas a favorecer o avanço da economia -- como as concessões de benefícios sociais adicionais -- e as de contenção da alta dos preços, leia-se taxas de juros mais altas, acabaram por instalar um "cabo-de-guerra" entre as duas frentes da economia. Os benefícios tendem a "expandir" a atividade, enquando a política monetária efetivamente reduz a inflação, como consequência da "puxada" na produtividade econômica.
Onde vai se localizar o ponto de equilíbrio entre a efetividade das duas ações é a questão em aberto para se apurar o rumo da economia já no início do governo eleito.