Plano Safra vai destinar R$ 364 bilhões para agricultura
O governo federal anunciou um crédito de R$ 364,2 bilhões aos produtores rurais no Plano Safra. O lançamento do programa foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto nesta terça-feira (27).
"Este plano safra que é recorde, e tem muito dinheiro a mais, 27% a mais de recurso, foi muito suor da equipe econômica", disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
O objetivo é conceder empréstimos com juros mais baixos a médios e grandes produtores. Serão R$ 272 bi para financiar custeio e comercialização e R$ 92 bi, para investimentos. No total, o valor supera em 27% o último programa lançado em 2022 por Jair Bolsonaro.
O governo divulgou que as taxas de juros para custeio e comercialização ficarão em 8% ao ano para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e em 12% para os demais. Já o crédito para investimentos no setor, terão juros entre 7% a 12,5% ao ano, variando conforme o programa em que o produtor está enquadrado.
Na quarta-feira (28), o governo vai anunciar a segunda etapa do Plano Safra voltada à Agricultura Familiar.
Sustentabilidade
O plano vai estimular a produção sustentável e a agropecuária com baixa emissão de carbono, oferecendo juros até 1% menores a esses produtores. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o mundo caminha na direção da agricultura sustentável e o Brasil reúne condições para estar na "vanguarda" deste processo. "A ideia é torná-lo (o Plano Safra) gradativamente um importante indutor de ação de praticas produtivas orientadas à sustentabilidade ambiental e a expansão da agricultura de baixo carbono", explicou a ministra.
O que disse Lula
No discurso, o presidente afirmou que o governo não "pensa ideologicamente" quando elabora o Plano Safra. Ele também destacou o tema da sustentabilidade e disse que pretende criar uma linha de financiamento para reflorestamento com madeira de lei. Ao mencionar os esforços para mediar o fim da guerra na Ucrânia, Lula defendeu que o Brasil volte a produzir fertilizantes, produto que é hoje, em grande parte, importado da Rússia. "Um país que tem a riqueza agrícola como o Brasil não poderia ser dependente de fertilizante de outro país. Nós temos que ter a capacidade, competência e disposição política de transformar este país, num país autossuficiente, inclusive em nitrogenados", disse.
O presidente também apresentou a ideia de uma "prateleira de terras improdutivas" que já havia mencionado na live "Conversa com o Presidente", mais cedo nesta terça-feira (27).
Fonte: SBT News