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Estudo avalia como promover o desenvolvimento do interior brasileiro

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Estudo em elaboração pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avalia como consolidar uma rede de cidades de médio porte, de forma a promover a desconcentração e a interiorização do desenvolvimento regional do país. O tema foi discutido em webinar realizado nesta terça-feira (23/11), intitulado ‘Competitividade e Governança das Cidades Médias do Brasil’. Segundo o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur/Ipea), Nilo Saccaro Junior, o objetivo geral do projeto é apresentar um quadro de referências para subsidiar políticas públicas em cidades médias. “Essas cidades têm capacidade de consolidar um sistema desconcentrado, descentralizado de desenvolvimento, visando, principalmente, o aumento da competitividade e a melhoria da governança urbana, com seus instrumentos urbanísticos territoriais e ambientais”, explicou.

O diretor do Ipea enfatizou que o desenvolvimento territorial e urbano deve ser sustentável, tanto ambiental quanto financeiramente. “Todos concordam que há gargalos a serem superados para que tenhamos cidades mais eficientes economicamente e mais sustentáveis e mais inclusivas. Os principais gargalos podem ser relativos à infraestrutura, aos instrumentos de planejamento e gestão urbana e à própria regulamentação urbana”, comentou.

O subsecretário de Planejamento da Infraestrutura Subnacional no Ministério da Economia (ME), Fabio Ono, também concordou que o tema deve ser analisado sobre diferentes aspectos. “É fundamental ver a questão do desenvolvimento urbano sob diversas lentes, para além daquilo que comumente se observa, como urbanismo, mas também relacionando com outros aspectos com infraestrutura. Nas grandes metrópoles, é possível ver a complexidade da natureza dos problemas habitacionais encadeados com infraestrutura, saúde e outros temas de interesse dos cidadãos. O planejamento no modelo das cidades médias permite que elas possam crescer, mas de uma forma ordenada”, considerou.

O diretor de Geociências do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cláudio Stenner, destacou que há muita complexidade ao avaliar as cidades médias e as suas redes urbanas em relação à competitividade. “As cidades são extremamente complexas, não resta dúvida. A dificuldade começa pela própria definição do que é uma cidade. Podemos defini-la como um espaço de relações entre pessoas, que propicia a criação, a conexão com outros lugares”, avaliou.

A pesquisadora associada da Dirur, Diana Meirelles da Motta, que coordena o estudo, explicou que foram selecionadas 68 cidades médias segundo a centralidade urbana, a partir de vetores e indicadores que representam a dinâmica da rede urbana, o dinamismo demográfico, econômico, a centralidade na gestão empresarial, os fluxos na infraestrutura regional, centralidade da gestão pública, saúde e educação. “São considerados nessa seleção o papel da cidade média como polo de articulação e integração regional e função de apoio à desconcentração e fortalecimento da rede urbana. No estudo do potencial de competitividade das cidades médias, são utilizados indicadores tendo como ponto de partida os vetores de economia e finanças, logística e inovação”, informou.

Veja a íntegra do webinar promovido pelo Ipea.

Fonte: Ipea

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